Sexo na 3ª idade: conceitos e preconceitos
Publicado em 2012-07-05 na categoria SexAppeal / 3ª idade e o sexo


Sexualidade e 3ª idade são dois temas repletos de tabus e de preconceitos. A terceira idade é um período caracterizado por intensas mudanças físicas, emocionais e sociais, as quais, normalmente, afectam diferentes sectores da vida, podendo levar às insatisfações diversas. Com relação à prática sexual, apesar das possíveis limitações físicas e/ou emocionais frequentes neste momento da vida,

O ser humano possui condições de manter actividade sexual satisfatória, salvo em casos de doenças crónicas que impeçam uma actividade física. Isto é verdade, especialmente se tiver cuidado de sua saúde em geral, em fases anteriores.

O grande preconceito com relação ao idoso, portanto, diz respeito à ideia de que ele se transformou num ser "assexuado" e de que a sua vida sexual se resume às lembranças do passado. Essa ideia (falsa) é responsável por grande parte das recusas por tratamento para dificuldades sexuais na 3ª idade, o que pode gerar desvalorização do sexo em idade avançada, pela sociedade e, até mesmo, pelos especialistas.

Outro preconceito que a sociedade impõe diz respeito à diminuição do desejo sexual no idoso e, consequentemente, da frequência de relações sexuais. A actividade sexual, ao contrário, ajuda a manter os órgãos sexuais saudáveis e não há nada de errado ou de vergonhoso em manter uma frequência alta de relações sexuais nesta idade, se for desejo do casal.

O que em geral ocorre é que as necessidades vão se alterando com o passar dos anos: durante a vida adulta, várias relações sexuais podem ser necessárias para alguém se satisfazer, enquanto que, para o idoso, o mesmo grau de satisfação pode ser alcançado com menor número de relações sexuais. Também podem ocorrer impedimentos (físicos e emocionais), próprios de qualquer idade para liberação do desejo sexual, os quais merecem investigação e tratamento por especialista.

Com relação à ejaculação, também pode ocorrer durante toda a vida. Embora com o avanço da idade haja diminuição na quantidade de esperma expelido pela ejaculação e esse jato ejaculatório seja menos intenso do que foi em idades anteriores, isto não significa diminuição de prazer.

No caso das mulheres, as alterações hormonais comuns ao climatério e à menopausa são significativas, podendo gerar dificuldades sexuais. Havendo menor lubrificação vaginal, por exemplo, pode ocorrer dificuldade em atingir o orgasmo.

Com tratamento médico adequado e com maior atenção às preliminares e à qualidade das carícias, a idosa não deixa de ter interesse e prazer sexual, apenas deixa de ser fértil (não pode mais ter filhos).

Impedimentos emocionais, desencadeados por ocorrências externas comuns a esta faixa etária, também podem contribuir para o declínio da vida sexual na 3ª idade, como: morte do(a) parceiro(a), aposentadoria, distanciamento dos filhos, limitações físicas e mentais, preocupações econômicas e depressão. Nessas situações, a qualidade de vida sexual tende a decair; nada que não possa ser resolvido com apoio médico e psicológico adequados.

Concluindo, ainda precisamos cultivar o tão falado e pouco refletido "envelhecer com qualidade", que inclui:

1) cuidar (desde sempre) de fatores sabidamente prejudiciais à saúde geral;

2) perceber as mudanças do organismo e da mente como algo natural e esperado;

3) procurar ajuda do parceiro e/ou de especialista para o merecido exercício (saudável e com prazer) da sexualidade na 3ª idade.

 
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