A epidemiologista Patricia Garcia de Olalla, da Agência de Saúde Pública de Barcelono (Espanha), explica que entre os anos de 2003-2004 começou a diagnosticar vários casos na Holanda, “especialmente entre a população gay” e que na Espanha houve alguns casos até 1980, mas que “desde então, a doença caiu no esquecimento.

Entretanto, os casos vêm aumentando desde 2007 em Barcelona, o que levou a comunidade médica local a monitorizar activamente o linfogranuloma. O resultado disso foi que se detectou 146 casos desde então, sendo 70 deles somente  em 2011.

Segundo os médicos, as pessoas infectadas com HIV são mais propensos a transmitir a doença, pois muitos “têm a falsa crença de que por serem soropositivos estão protegidos de outras infecções”.

No resto da Europa e América do Norte também já estão a aparecer alguns casos, especialmente nas grandes cidades. Em Londres, já foi detectado 50 casos e Berlim e Amsterdã calcula-se um número de pessoas infectadas.

O que é Linfogranuloma venéreo

É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os genitais e os gânglios da virilha.

Formas de contágio

A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas

Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pénis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada.

Entre as duas a as seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal estar.

Tratamento

Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado, que consiste em uso de antibióticos por tempo determinado.