Jasmim: Mais uma desilusão
Publicado em 2013-01-16 na categoria Contos eróticos / Virgens


Os dias que se seguiram foram recheados de novos desafios e expectativas no seu trabalho, compensando a ausência e o distanciamento de Gustavo que a cada dia demonstrava a sua decepção e o seu absoluto estado de infelicidade e impaciência com aquela situação de impassividade sexual que reflectia no seu casamento e abalava a crença de que tudo poderia mudar.

Por outro lado, Virgínia havia-se aproximado muito mais da sua estagiária. Além dos trabalhos que desenvolviam em conjunto, habituaram a almoçarem juntas e depois de alimentadas fazerem caminhadas pelo entorno do edifício trocando ideias sobre novos projectos e anseios sobre os possíveis resultados daqueles que estavam em andamento.

Eram momentos de descontração em que Virgínia conseguia sorrir abertamente, liberando a sua mente das preocupações com o seu casamento e com a falta de sexo com o seu marido. Dafne assemelhava-se a uma válvula de escape por onde todas as tensões desapareciam e as gargalhadas espontâneas operavam um verdadeiro milagre no ânimo daquela mulher perdida em sentimentos de ausência e desejo não correspondido.

Certo dia, Gustavo aparecera de surpresa no escritório de Virgínia com um convite para almoçarem juntos. Virgínia ficou inicialmente esfuziante com aquela deliciosa surpresa do marido, mas percebeu os olhares curiosos e incómodos de Dafne que os espiava de uma distância discreta.

Virgínia sentiu-se numa saia justa, pois ao mesmo tempo em que desejava realmente partilhar da companhia de Gustavo naquela tarde, não podia simplesmente dispensar a sua nova amiga com quem havia dividido o horário do almoço no último mês. Era uma dúvida cruel e sem possibilidade de escolha justa.

Neste momento crítico Dafne aproximou-se com a desculpa de trazer alguns relatórios para Virgínia impondo que esta a apresentasse ao seu marido. Virgínia fez as devidas apresentações e assim que esboçou proferir alguma desculpa para dispensar Dafne, esta atravessou-lhe uma afirmativa de que ia ausentar-se na hora do almoço para resolver algumas pendências pessoais.

Despediram-se com Virgínia aliviada pela acção subtil da sua nova amiga e depois de passar algumas informações para Samanta, saiu com o seu marido para um merecido almoço.

Durante a tarde daquele dia, Virgínia percebeu que Dafne evitara permanecer a sós com ela, sentindo que a jovem estagiária havia-se ressentido do acontecido na hora do almoço. Virgínia, sem saber muito bem porque, sentiu-se desconcertada pelo acontecimento e pela repercussão causada em Dafne.

Ela não conseguia entender quais as razões íntimas que a levavam a preocupar-se tanto com aquela jovem como se a sua aprovação ou reprovação tivesse um significado sentimental para ambas. Virgínia tentou por algumas vezes aproximar-se da estagiária para perguntar-lhe se estavam tudo bem, mas em todas elas Dafne esquivara-se de maneira polida e subtil. O final do expediente e a despedida destituída do entusiasmo usual da estagiária sopraram um vento gélido no coração de Virgínia que foi para casa com uma ponta de angústia minando-lhe as energias.

Após o jantar, Gustavo apanhou a sua esposa com um olhar perdido e um aspecto de tristeza. Perguntou-lhe o que se estava a passar e Virgínia sorrindo com um sorriso impessoal, disse-lhe que não havia nada de errado e que estava apenas muito cansada, pois o dia havia sido extenuante. Ela achou por bem não revelar as suas preocupações a respeito de Dafne, até mesmo porque nem ela própria seria capaz de explicar-lhe o que estava acontecendo.

Deitaram-se cedo e Virgínia demorou a cair no sono; o olhar de Dafne, a sensação de que ela havia ficado enciumada com a presença de Gustavo, a tristeza com o acontecido, e uma estranha sensação de desejo reprimido, impediam Virgínia de adormecer. Ficou ali, revirando-se na cama de um lado para o outro, até aninhar-se ao lado do corpo do marido que – como sempre – dormia um sono pesado e pouco sonoro.

Gustavo estava nu (aliás, como era o seu hábito), e Virgínia ficou apreciando aquele corpo esguio de delineado por músculos bem trabalhados, mas sem excessos, pensando como seria bom uma noite de sexo insano como nos velhos tempos. Velhos tempos que pareciam ter desaparecido na bruma do tempo. Sem escolha adormeceu.

“Virgínia acordou de sobressalto ao toque suave de umas mãos a percorrerem o seu corpo. Abriu os olhos e percebeu que estava nua, deitada na sua cama sem a presença do seu marido. Sentiu mais uma vez o toque suave e aveludado de mãos pequenas e ágeis que passeavam pelo seu corpo causando um arrepio sem medidas.

O quarto estava com uma suave penumbra e a única luz que banhava o seu interior tinha um tom azulado operando uma calma deliciosa e relaxante. Virgínia abriu os olhos buscando acostumar-se com a pouca luminosidade do ambiente ao mesmo tempo em que procurava pela pessoa dona daquelas mãos que haviam deixado o seu corpo em ebulição, excitada como uma colegial e sentido a sua vagina húmida e ansiosa por prazer.

O vulto que ela percebia atrás de si não era o de Gustavo. Mais uma vez assustou-se, pensando na possibilidade de que estivesse a ser vítima de uma violação. Mas uma voz doce e conhecida pediu para que ela se acalmasse para aproveitar os carinhos que estava a receber.

Virgínia fixou o olhar naquele vulto esguio e subtil percebendo a certa altura que era o vulto de uma mulher. Levantou-se quase de um salto e segurou aquela pessoa pelos ombros aproximando o seu rosto da pouca luminosidade dirigida para constatar que se tratava de Dafne!

Virgínia enlouqueceu, quis gritar, quis esbofetear aquela safada, mas tudo isso desapareceu quando a jovem desferiu-lhe um beijo íntimo e sensual, que a fez quase perder os sentidos, percebendo que não mais comandava o seu corpo e a sua vontade; a única coisa que queria era entregar-se àquela mulher deliciosamente obscena e que acenava com uma sedução pervertida, mas muito desejada.

Toques e carícias foram sucedendo-se de forma quase incontida e Virgínia sentiu-se levitar quando os dedos ágeis de sua parceira começaram a brincar com os grandes lábios da sua vagina que pulsava inchada e húmida de tanto tesão! Que loucura era aquela? O que estava a acontecer?”

Desta vez Virgínia foi de facto acordada daquele sonho quase real, não pela voz de Dafne, mas sim pelas palavras preocupadas de Gustavo cujas mãos sacudiam o seu corpo que parecia sair de um estado de convulsionamento incontrolável que a deixara completamente suada e agitada.

Ela abriu os olhos como quem salta do comboio da morte e olhando para o rosto do seu marido, constatou que tudo o que sentira – ou pensara que sentira – não passava de um devaneio desfigurado da realidade. Abraçou Gustavo com tanta intensidade que o ele ficou sem acção, assustado com as acções da sua esposa, mas afável em confortá-la mais uma vez.

Beijaram-se.

Era uma beijo que continha todos os desejos ao mesmo tempo. Gustavo desejava por demais retomar os tempos em que amava a sua esposa com o tesão de um garoto de vinte anos, e que via nela a expressão viva da sua concepção de sensualidade e excitação.

Virgínia, por sua vez, queria ser amada e possuída muito mais do que antes; queria esquecer o rosto de Dafne e aquela estranha sensação de desejo por alguém do mesmo sexo, refreando algo que tinha em si como obsceno, pervertido e injustificado por qualquer ângulo que fosse visto.

Tocou o membro meio enrijecido de Gustavo e passou a massajá-lo com a firme intenção de masturbar o seu marido a fim de provocar-lhe alguma reacção.

Gustavo sentia-se excitado de verdade, mas ao mesmo tempo, percebia que a resposta era fraca e distante. Virgínia não hesitou em abaixar a sua cabeça e tomar aquele instrumento na boca sugando-o com sofreguidão de quem almeja um pénis rígido a pronto para uma penetração inesquecível.

Quedaram-se largados naquele momento de intimidade em que o homem era subjugado pela deliciosa boca de uma mulher cheia de tesão e cujo corpo parecia uma máquina de hormonas em explosão. Virgínia insistia na prática daquele sexo oral que ela tanto gostava de fazer, e sentia que a cada momento a sua vagina ficava mais húmida que antes e mais receptiva a uma penetração que lhe rasgasse o interior e lhe provocasse uma onde de satisfação única e suficiente para sufocar a ideia de entregar-se à Dafne e uma relação fadada ao infortúnio.

Em algum momento aquele enorme instrumento musculoso deu sinais de uma erecção digna de acção e Virgínia sentiu-se recompensada pelo esforço desprendido para fazer do seu homem o único macho pronto para penetrá-la com o vigor de um sexo ansiado há muito tempo.

Sem perder tempo ela deitou o marido sobre a cama e subiu sobre ele cavalgando aquele garanhão musculoso e sensual. Esfregou as suas nádegas no pénis enrijecido e permitiu que ele roçasse os grandes lábios dilatados da sua vagina em chamas, clamando por um ataque impiedoso do varão insaciável que quer ter aquela mulher a qualquer custo.

Gustavo pegou no seu pénis e de forma decidida apontou a glande na direcção da vagina penetrando-a de forma calculada e progressiva apenas para permitir que Virgínia sentisse a penetração, gemendo e movimentando-se a fim de acolher toda a extensão daquele membro brutal mas impiedosamente potente que sempre causara-lhe orgasmos deliciosos e que naquele momento era a única coisa que importava.

Ficaram assim unidos por uma penetração iniciada e que dava sinais de sucesso igualável ao que sempre fora. Virgínia forçou o seu ventre oferecendo a vagina ao esperado sacrifício imposto pelo poderoso instrumento de Gustavo e balançou os quadris, arfando com uma respiração profunda de quem tinha tanto tesão reprimido que não seria capaz de retê-lo por mais tempo. E não tardou para que aquele verdugo composto de carne e músculos penetrasse a vagina encharcada de fluidos e de tesão. Realmente tudo parecia ter voltado ao que era antes.

Todavia, o enlace não perdurou por muito tempo, posto que repentinamente, Gustavo sentiu o seu vigor esvair-se sem qualquer razão para tal, esvaziando a rigidez do seu pénis num processo de declínio totalmente decepcionante. Virgínia, por sua vez, sentia também a perda que murchava dentro dela deixando a sua vagina pulsando pelo inacabado. Não sabia se chorava, se gritava ou se apenas simplesmente abandonava aquele momento para ir chorar em algum canto escondida de tudo e de todos – principalmente do seu querido marido destituído de energia.

Quedaram-se na cama, um ao lado do outro. Os olhares perdidos, os corpos despidos, e a sensação de vazio e de tristeza invadiram seus seres, jogando-os em um abismo escuro e sombrio repleto de tristeza e de revolta irreprimidos. Apenas a noite na sua profundidade silenciosa e omissa os acompanhava enquanto adormeciam inertes e impotentes ante aos factos que deixaram evidente que aquela relação estava por um fio e que não tardaria muito para que um deles renunciasse ao outro e abandonasse qualquer sentimento de esperança.

 
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