O que é o intersexo?
Publicado em 2014-02-13 na categoria SexCult / Intersexualidade


"Intersexo" é um termo geral usado para uma variedade de condições em que uma pessoa nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual, que não parecem se encaixar as definições típicas de sexo feminino ou masculino. Por exemplo, uma pessoa pode nascer parecendo ser do sexo feminino do lado de fora, mas tendo a maioria da sua anatomia interna tipicamente masculina.

Também podem ocorrer nascimentos onde a criança pode nascer com genitais que parecem estar entre as formas típicas masculinas e femininas: uma menina pode nascer com um clitóris visivelmente grande, considerando esses padrões típicos, ou falta uma abertura vaginal, ou um menino pode nascer com um o saco escrotal não totalmente fundido de modo que se parece mais como lábios.

Existe também a possibilidade de uma criança nascer com mosaicismo genético, de modo que algumas das suas células possuem cromossomos XX (informações genéticas femininas) e alguns deles têm XY (informações genéticas masculinas).

Apesar de falarmos de “intersexo” como condição do nascimento, a anatomia dos intersexuais nem sempre são encontradas no momento do nascimento. Às vezes uma pessoa não conhece a condição de “intersexo” até que ela ou ele alcance a puberdade, ou descobrir ser um adulto infértil. Algumas pessoas vivem e morrem com a anatomia “intersexual” sem que ninguém nunca tenha conhecimento, nem eles mesmos.

Afinal, quais variações da anatomia sexual são consideradas como “intersexuais”?

Na prática, diferentes pessoas apresentam múltiplas respostas para essa pergunta. Isso não é surpreendente, porque não se trata de uma categoria natural.

E o que isso significa?

“Intersexual” é uma categoria socialmente construída.

A natureza presenteia-nos com espectros da anatomia sexual: seios, pénis, clitóris, escroto, lábios, gônadas. Todas estas variam em tamanho e forma. Os então chamados cromossomos sexuais, X e Y, também podem variar um pouco, mas nas culturas humanas a categorização do sexo simplifica em masculino, feminino, e às vezes “intersexo”. Essa divisão é realizada a fim de “facilitar” as interações sociais, expressar o que sabemos e sentimos, e manter a ordem. Portanto, a natureza não decide onde a categoria de "homem" termina e onde a categoria de "intersexo" começa, ou onde começa a categoria de "intersexo" e termina a categoria de "mulheres". Quem decide somos nós, os seres humanos.

O ISNA encontrou nos seus trabalhos de pesquisa que as opiniões dos médicos sobre o que deve contar como "intersexo" variam substancialmente. Alguns pensam que você tem que ter alguma ambiguidade genital, alguma diferença de forma “típica” para contar como “intersexo”, mesmo se o seu interior é, na sua maioria, de um sexo e o seu exterior é na maior parte do outro.

Outros pensam que o seu cérebro tem que ser exposto a uma mistura incomum de hormonas durante a gestação, no período pré-natal, para contar como “intersexo”. Desse modo, mesmo se você tenha genitais “atípicos”, você não está categorizado como “intersexual”, a menos que o seu cérebro tenha experimentado desenvolvimento atípico. Ainda existem aqueles que pensam que o indivíduo deve ter os dois ovários e tecido testicular, ao mesmo tempo, para contar como “intersexo”.

O ISNA adopta uma abordagem prática e pragmática para a questão: trabalha para construir um mundo livre de vergonha, sigilo e sem procedimentos cirúrgicos genitais não desejados nem consentidos para qualquer pessoa nascida com o que alguém acredita ser fora do padrão da anatomia sexual. Apesar de todas essas considerações, algumas formas de “intersexo” podem ser sinal de preocupação metabólica: se alguém pensa que pode ser “intersexual”, esse alguém deve procurar um diagnóstico e descobrir se precisa de atendimento de um profissional de saúde.

 

FONTE: “What is Intersex?”

 
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