24/7, Consensual não-consensual, TPE
Publicado em 2012-07-03 na categoria Sexo100Fronteiras / BDSM


Uma relação-BDSM pode apresentar vários graus de profundidade. Pode ser apenas virtual no início e depois ir evoluindo e cada vez ficando mais intensa. Quando uma relação sai do virtual e passa para o real, geralmente acontecem sessões esporádicas entre o casal e com o tempo, caso eles desejem isso, a relação pode chegar a ser full time, 24 horas por dia, 7 dias por semana, daí a expressão 24/7, embora talvez melhor expressão fosse 24X7.

Nessa relação o vínculo-BDSM é integral; a despeito de não ocorrerem sessões e práticas o tempo todo, o domínio persiste, sendo que certos ritos e atitudes podem ser convencionadas para momentos mais descontraídos, quando não se está em sessão.

Não se está a dizer que a escrava ficará a receber chibatadas ou a ser amarrada o tempo todo, mas sim que o tempo todo tal pessoa estará à disposição do TOP, que poderá requisitá-la para alguma prática que o satisfaça a qualquer hora. Parece requisito essencial do 24/7 que o casal more junto ou ao menos muito próximo, de modo que o dono possa dar ordens à escrava quando quiser.

No 24/7 ainda existem as safewords: a escrava pode negar-se a fazer práticas específicas se isso ferir os seus limites.

O próximo estágio em termos de entrega é uma relação “consensual não-consensual”, em que a escrava pode até expor os seus limites (ou deixar que o TOP vá descobrindo), mas em que ela não poderá usar uma safeword para recusar determinadas ordens. O único direito que a escrava tem é de sair da relação, de “pedir para sair”, todavia, enquanto estiver nessa relação, terá de obedecer qualquer ordem do seu dono. Nesse nível de intensidade, a escrava tem de escolher bem o dono a quem se submeterá porque estará inteiramente a seu dispor, facultado a ela o direito de desistir da relação como um todo, conforme dito acima.

O tipo de relação supracitada costuma chamar-se TPE – Total Power Exchange (Troca Total de Poder): todo poder é conferido ao TOP, que deve saber usá-lo de modo a adequar as suas ações ao São e Seguro.

Entretanto, existem variações desse tipo de relação, em que os participantes resolvem convencionar que nenhum deles ou que somente a escrava não poderá dizer que quer sair, que desiste da relação como um todo. Esse tipo de relação, que nega o direito de desistência da escrava ou da escrava e do dono, é errada e ilegal, pois todo ser humano tem o direito de escolher com quem conviver e se relacionar, sendo um direito inerente a nossa condição de seres humanos.

Logo, ao menos o direito da escrava e/ou do dono acabar com a relação deve ser preservado e mantido intocado.

 
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