O Ponto G nasceu como uma hipótese de certo ginecologista alemão chamado Ernst Gräfenberg (por isso o “G”), em 1950. Não se sabe exactamente o que motivou o médico a lançar tal hipótese. Na verdade, cientistas, filósofos, médicos, biólogos e mais um exército infindável de sexólogos desdobram-se na vã esperança de compreender a mulher em todas as suas particularidades mais profundas. O Ponto G foi uma tentativa de desvendar o orgasmo e o prazer feminino, mas, na verdade, acabou confundindo ainda mais.

Nunca, de facto, a existência do Ponto G foi confirmada. Há quem afirme com segurança a sua existência, inclusive mulheres que lograram, segundo afirmam, a felicidade de encontrá-lo. Um verdadeiro enigma da humanidade, semelhante aos OVNIS e aos ETS, à extinção dos dinossauros e à existência de Atlântida.

Para aqueles que afirmam a sua existência, o Ponto G é uma área escondida atrás do clitóris, muito sensível, que, ao ser estimulada, produz um grande prazer. Uma espécie de recanto secreto do prazer feminino. Não seria maior do que uma moeda e teria a propriedade de, vascularizado pela excitação, até dobrar de tamanho, tal como um pénis. Na verdade, a sensibilidade do milagroso ponto é comparada à das glandes.

A literatura de autoajuda gosta do assunto porque pode tentar explicar em detalhes a tarefa quase subjetiva de encontrá-lo. Resumindo os diversos mapas do tesouro que se espalham por aí, basta introduzir o dedo cerca de 4 a 5 centímetros no canal vaginal e estimular esse trecho apalpando-o com média pressão. O ponto G pode ser reconhecido por ter uma superfície mais lisa na área em questão.

Mas o tema vai além da árdua, e nem sempre compensadora, tarefa de encontrá-lo. Afinal, se é positivo o homem preocupar-se com o assunto, é delas que devem vir as manifestações maiores de interesse.

Além disso, as mulheres são assim, tão diabolicamente encantadoras, porque sempre tiveram, e terão, essa aura de mistério, obscurantismo e segredo que as envolve. Descobrir o Ponto G não vai diminuir o mistério — promoverá apenas a sensação passageira de que é possível dominar um desafio eterno e divino.

Por isso, ao nosso amigo leitor e aos que agora lêem este artigo, se vocês quiserem descobrir esse segredo, não pensem que, com isso, vocês desvendarão o universo feminino. Até porque, há outros tesouros a serem descobertos. Como o Ponto A e o Ponto U...