O conceito lésbico
Publicado em 2012-07-05 na categoria SexCult / Lesbianismo


Uma lésbica é uma mulher homossexual, uma mulher que tem atracção sexual, física e afectiva por outra mulher. As lésbicas sentem desejos sexuais por outras mulheres, têm romances e relações sexuais com outras mulheres. Não existe uma causa definida para o lesbianismo, assim como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual.

Etimologia

A palavra lésbica vem do latim lesbius e originalmente referia-se somente aos habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisa Safo, entre os séculos VI e VII A.C., muito admirada pelos seus poemas sobre amor e beleza, na sua maioria dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.

Platão referiu-se a Safo como "a décima musa". Até o século XIX a palavra lésbica não tinha o significado que hoje lhe é dado, o termo mais utilizado até então era "tríbade". Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos últimos dois séculos, entre os quais: amor lesbicus, urningismo, safismo, tribadismo, e outros.

Direitos civis

Ao discutir-se o lesbianismo, deve-se manter em mente o facto de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois estende-se à escola e, subsequentemente, ao trabalho.

No entanto, na entrada do novo milénio muitas empresas passaram a conceder os mesmos benefícios aos seus funcionários que vivem em relações estáveis com uma pessoa do mesmo sexo (i.e. casais gays e lésbicos) e alguns países reconhecem o direito a pensão por morte da companheira.

Tipicamente são os países mais desenvolvidos que reconhecem casais lésbicos em termos de direitos de imigração (i.e. Canadá, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Noruega, França, entre outros).

Discriminação

Nem todas as lésbicas têm uma ditada aparência e comportamento, conforme dita o estereótipo popular, isto é, não existe uma aparência lésbica e já está ultrapassada a ideia de que todas as lésbicas querem ser homens.

Homofobia é um termo moderno utilizado universalmente para descrever algo que afeta muito todas as pessoas homossexuais, inclusive lésbicas. Literalmente, o termo significa medo de homossexuais. Este medo frequentemente se traduz em agressividade verbal ou até mesmo física em alguns casos. Portanto, a homofobia, assim como o racismo, são considerados comportamentos hostis.

Se é verdade que as regras de fé de muitas religiões proibem expressamente o amor entre homossexuais, essas leis religiosas se restringem somente dentro das respectivas comunidades religiosas. Em outras palavras, a liberdade religiosa exige que todas as religiões atuem dentro dos padrões básicos dos Direitos Humanos adoptados pelos Estados.

Também é preciso esclarecer que nem todas as religiões proíbem a união entre iguais. Igrejas cristãs, entre outras, projetam uma visão reformada em relação à comunidade LGBT. Muitas igrejas cristãs do mundo entraram no novo milénio discutindo com muita seriedade e deliberação o assunto da homossexualidade. Existe muita resistência por parte das alas mais conservadoras dessas instituições a ideia da união entre iguais.

Desde de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) retirou o lesbianismo, bem como a homossexualidade como um todo, da sua lista de doenças, reconhecendo, enfim, não se tratar de nenhuma disfunção.

Práticas sexuais

Os estudiosos têm notado que o lesbianismo no seu aspecto físico provoca as mais extremadas reações: enquanto que moralmente é por vezes reprovado, a maioria dos homens heterossexuais possuem uma espécie de fascínio por duas mulheres que se beijem e/ou tenham relações sexuais. Alguns sexólogos escrevem que, por outro lado, existe um segundo tipo de homens que, feridos pelo seu "orgulho masculino", desprezariam as mulheres que dispensassem o pénis numa relação sexual; de fato, numa relação sexual entre duas lésbicas, o erotismo feminino e as características físicas da parceira parecem vir em primeiro lugar.

Não se sabe qual é a prática sexual preferida das mulheres, mas pesquisas afirmam que talvez possa ser o de papel passivo na cunilíngua, e isso estaria associado à estimulação do ponto G e/ou do clítoris. Por conta disso, muitas vezes o "69 lésbico" seria dispensado para que apenas uma das parceiras receba estimulação na vulva pelos lábios e língua da outra.

Outro termo muito usado quando se escreve sobre práticas homossexuais femininas é o tribadismo, em que duas parceiras pratiquem uma fricção, ou seja, um encontro entre as vulvas de ambas. Diversos sexólogos têm escrito que, ao contrário do que se pensa, o prazer sexual não deriva somente das vaginas de ambas as parceiras, mas principalmente pelo encontro entre as suas coxas. As práticas homossexuais entre mulheres também incluem penetração, mas com menor frequência; no entanto, quando praticada, é mais comum que a estimulação do órgão genital da parceira seja realizada manualmente ou, em outros casos, com um dildo (pénis artificial), embora esse seja mais raro.

Certos estudiosos também pretendem pesquisar se o interesse lésbico por imitações de pénis não significaria uma frustração da falta de um pénis real; alguns afirmam que não se pode generalizar acerca de todos os casos de lésbicas, enquanto outros afirmam que as que utilizam pénis artificiais não possuem interesses sexuais ou mesmo afectivos por homens.

Pesquisas revelam que a utilização de pénis artificiais seria, para as lésbicas, uma tentativa da busca de "algo mais" assim como acontece com parceiros heterossexuais que buscam outras formas de "enriquecer" as suas práticas de sexo. Outras práticas sexuais entre lésbicas, e que são menos comuns, incluem o fistfucking, o sexo anal, que é tido como secundário numa relação lésbica, muitas vezes realizado manualmente ou com dildos; e práticas sadomasoquistas que, embora muito raras, podem incluir o uso de chicotes e flagelação como entre os heterossexuais sadomasoquistas.

Outro assunto de interesse entre estudiosos e sexólogos é saber se as lésbicas possuem atração sexual por mamilos tanto quanto os homens heterossexuais, e a maior parte dos autores escrevem que o interesse é relativo mas semelhante.

 
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