Sequestrada - I
Publicado em 2017-02-23 na categoria Contos eróticos / BDSM


A minha cabeça estava a mil por hora. O carro seguia por uma estrada que parecia deserta. A velocidade era média, mas constante. O difícil era sentir, mas não ver. Ou sequer imaginar o que viria depois. Eu estava apavorada, mas agora tentava ordenar as ideias e tentava preparar-me para o que pudesse acontecer de seguida...

Tudo aconteceu muito rápido. Como sempre eu saí do supermercado e caminhava normalmente para o meu carro. Só tinha duas sacolas numa das mãos e a bolsa na outra. A chave do carro já estava na minha mão e destravei as portas apenas a uns 10 metros antes de chegar ao carro. Nem sei de onde ele apareceu, mas ao abrir a porta, senti alguém a encostar-se nas minhas costas e uma voz baixa junto a meu ouvido:

- Não te vires! Dá-me a chave, entra no carro e salta para o outro banco!

Claro, titubeei um instante tentando entender o que estava a acontecer, mas senti de novo o que me parecia um cano de revolver nas minhas costas e uma mão a agarrar a chave da minha mão, enquanto era empurrada com a arma para dentro do carro.

Muito assustada, entrei rápido e passei para o banco do passageiro e antes que tivesse tempo de me virar para ver quem estava lá, ele disse:

- Coloca esses óculos e fica quieta e ninguém se vai magoar.

Entregou-me um par de óculos escuros. Coloquei os óculos, que de facto eram pintados de preto, inclusive com laterais que não me permitiam ver nada, mesmo pelos lados. Percebi que ele entrou e logo travou as portas, inclusive a minha. Ligou o carro e saiu normalmente do estacionamento sem acelerar ou fazer qualquer manobra anormal.

Voltei a sentir a arma encostada na minha lateral e avisou:

- Não faça nenhuma estupidez. Coloque o cinto normalmente.

Coloquei e tentei argumentar:

- O que você quer? Eu não tenho dinheiro, leve o carro e a bolsa... mas não me faça mal...

Ele não dizia nada, limitando-se a conduzir.

- Mas o que você quer – disse já meio que a chorar.

- Você vai saber quando chegar a hora certa. Agora, coloque as duas mãos no painel.

Obedeci ainda trémula. Ele encosta o carro e senti-o a colocar umas algemas nos meus pulsos e em seguida puxou os meus braços para baixo, colocando-os entre as minhas pernas e prendendo-os a alguma coisa debaixo do banco que fez um click. Aí percebi que a corrente que ligava as algemas estava presa a um cabo que estava preso por baixo do assento do banco. Por muito que eu quisesse, não conseguia erguer as mãos.

Seguimos em silêncio por uns 10 minutos pelas ruas e parando no que deveriam ser semáforos ou cruzamentos, até que entramos provavelmente em alguma estrada periférica, pois a velocidade ficou mais constante e não havia paragens.

Tentei mais uma vez argumentar ou negociar com o meu sequestrador, mas mandou-me ficar calada e quieta. A sua voz era forte e clara. A sua forma de falar era correcta e de quem aparentava ter uma boa formação e em nenhum momento sentia emoção ou nervosismo. Também não me parecia que estivesse bêbado ou sob o efeito de drogas. Isto era bom, por um lado, pois não era um bandido qualquer. Mas mau por outro, pois ele sabia bem o que queria. E se não era dinheiro, então assustava-me a hipótese de se tratar de algum psicótico...

O que é que este homem vai fazer comigo? Dinheiro eu não tenho. Nem ninguém para quem ele possa pedir um resgate. Vai-me obrigar a dar-lhe o código do multibanco para levantar dinheiro? Será um tarado sexual que me vai violar. Ai meu Deus. Livra-me disso.

Desde que me livrei do traste do meu marido que abdiquei totalmente do sexo. Afinal foram 10 anos de casamento com uma homem que mão me procurava e nunca fora capaz de me dar prazer. Mesmo antes de casar quando ainda o sexo não era tão mau, eu muito boba, não sabia que poderia ser melhor. Pelo menos era o que diziam todas as minhas amigas. Para mim sempre fora algo entre desagradável e doloroso. Ocasionalmente era levemente agradável. Mas nos últimos 5 anos sempre fora tremendamente desagradável e muitas vezes doloroso.

Eu até poderia dizer que foram violações consentidas todos estes anos, mas finalmente ficara livre delas. Agora um estranho poderia fazer-me voltar a esse inferno. O pior era que ninguém ia dar pela minha falta até segunda-feira, quando não aparecesse no escritório. E era só quarta-feira começo da noite. Quinta era feriado local e sexta fazíamos ponde.

A minha família morava no interior e as poucas amigas eram colegas de trabalho que não gostavam muito de ter uma mulher disponível perto dos seus maridos e namorados. Então tinha planeado aproveitar o feriado da quinta e a ponde de sexta para descansar, pôr a minha leitura em dia e arrumar o meu armário.

Mas como escapar? Nem sabia onde ficaria. E pelo que acontecera até agora, o meu sequestrador planeara a coisa toda. A solução era mesmo rezar para que fosse só um psicopata não agressivo e, tomara, impotente...

No meio das minhas divagações, senti o carro reduzir a velocidade e aparentemente entrou num estrada não pavimentada, pois abanava bastante, apesar da velocidade muito baixa. Andamos nela por uns bons cinco minutos

quando finalmente o carro parou e ele disse:

- Fique quieta. Não faça nenhuma asneira. Vou sair e depois vou ajudá-la a sair. Não tente nenhuma asneira.

- Sim... Sim... – Respondi ainda chorosa – só não me faça mal.

Percebi que ele saiu do carro, fechou a porta e em seguida abriu a porta do meu lado. Destravou o cabo que prendia as algemas sob o assento e ajudou-me a sair do carro. Pela primeira vez pude sentir a sua mão a pegar no meu braço e percebi uma mão macia a pegar-me com cuidado. Mas logo em seguida senti a ponta do que deveria ser o revolver encostar nas minhas costas.

Pegando-me pelo braço, foi-me encaminhado por uma caminho que parecia de terra batida até que chegamos a uns degraus, onde ele me indicou e me ajudou a subir. Pelo barulho de chaves suponho que tenha aberto uma porta e entramos na casa. Pude perceber que acendeu a luz e levou-me por um corredor e entramos num cómodo ao fundo. Fechou a porta e fez-me sentar numa poltrona e prendeu as algemas em alguma coisa com um clique. Depois de alguns segundos ele disse:

- Onde estamos ninguém te pode ouvir por isso não te adianta gritar ou pedir socorro. Mas mesmo assim não tentes nada maluco. Faz o que eu digo e tudo vai terminar bem.

- Você é um violador... vai-me violar, matar e depois enterrar o meu corpo no mato...

Não houve resposta. Por traz ele tirou os óculos e pude ver um quarto claro e limpo. Mas logo ele colocou uma espécie de venda de borracha preta nos meus olhos. Destravou as algemas e conduziu-me alguns passos à direita. Acho que entramos no banheiro. Já lá dentro disse:

- Vou sair. Depois de eu trancar a porta, podes tirar a máscara. Tira a tua roupa e coloca-a na fenda da porta. Aí faça as suas necessidades, tome um banho se quiser e vista a roupa que estou deixei na pia. Coloque a máscara e toque a campainha no batente da porta e virei buscar-te. Não tentes nada diferente. Só vai piorar as coisas.

Obedeci. Ao ver a porta fechar, tirei a máscara. Era bom ver onde eu estava. Era um banheiro pequeno mas limpo, de azulejos brancos, uma pia simples sem espelho ou armário com um sabonete de boa qualidade, um vaso branco com duche higiénica e uma box com uma cortina de plástico com uma boa duche. Não havia ganchos, porta toalhas ou qualquer coisa que pudesse ser usada como arma ou algo para atingir alguém.

Tirei a minha roupa, atirei-a pela fenda. Afinal não era bom irritar aquele homem logo de início. Deixá-lo calmo dar-me-ia a possibilidade de ele baixar a guarda e eu teria a chance de fugir dali para fora. Aliviei a bexiga, apesar do nervoso costumar bloquear todas essas minhas funções. Tomei um bom banho tentando pensar como agir. O problema é que eu não sabia o que é que o meu sequestrador ia fazer. Não sabia se agia sozinho ou se havia mais alguém. Não tinha ideia sequer onde estava e se teria alguma chance de escapar.

A minha cabeça não parava de pensar o que poderia querer aquele homem. Já pensara em tudo. Certamente não era um sequestro relâmpago. Também, pelo visto ele não queria dinheiro. As suas acções foram claramente planeadas e, provavelmente treinadas ou repetidas muitas vezes. O pouco contacto físico que tivera com ele, praticamente segurando-me pelo braço mostraram uma mão que não suava, não estava fria ou trémula. A sua voz não demonstrava excitação ou nervosismo. A arrumação toda mostrava um planeamento cuidadosos e meticuloso de toda a acção.

Eu tinha quase a certeza absoluta de que se tratava de um maníaco sexual. Provavelmente serial. Aparentemente não era ao tarado qualquer, porque se fosse já me teria atacado, mas eu não tenho certeza se toda essa frieza não seria ainda pior. Ele certamente sabia o que queria e planeara detalhadamente como conseguir...

E eu estava a sua inteira mercê. Mas eu não ia “relaxar e gozar”. Sim ele poderia fazer o que quisesse comigo, mas eu não iria nunca colaborar, facilitar ou consentir. A minha tolerância à dor era grande. Afinal foram 10 anos a consentir em ser abusada e sofrendo dores físicas e emocionais. Foram 2 anos de análise e ainda não me sentia pronta sequer para fazer sexo consentido, imagine-se não consentido.

Terminei o meu banho. Limpei-me numa toalha branca limpa e cheirosa. Realmente era um sequestro 5 estrelas. A roupa que me deixou era uma túnica branca que ia até à altura dos meus joelhos, com grandes aberturas laterais para os braços e botões nos ombros, além de um par de chinelos de tecido degradável. Também tinha a máscara preta, macia, mas que realmente coçavam no rosto e não permitiam ver nada. Fiquei tentada em não coloca-la e surpreender o sequestrador. Como ele não falou nada sobre a máscara, então coloquei-a mas deixei-a na testa. Seria um teste à sua reacção e, quem sabe, eu veria como era o meu sequestrador.

Toquei a campainha. Não se passaram 20 segundos e a porta abriu-se. Ao me ver sem a máscara, a sua reacção foi fria como de costume:

- Coloque a máscara!

Obedeci imediatamente. Mesmo porque ele também vestia uma túnica só que longa e preta e um capuz de ponta do tipo klu klux klan. Mais uma vez ele tinha-se antecipado. Mais uma vez a sua reacção assustava-me por confirmar não apenas a premeditação, mas também o planeamento detalhado da sua acção. Já teria feito isto com outras mulheres?

Sem dizer nada, pegou no meu braço e recolocou as algemas e encaminhou-me de volta ao quarto onde me fez sentar no que deveria ser uma cama que me parecia grande e redonda. Tocando suavemente no meu ombro, fez-me deitar. Eu tremia esperando o pior. Percebi que com um toque na corrente que liga as algemas elas separaram-se.

Esticou o meu braço direito e conectou a algema ao que devia ser um cabo. Rapidamente conectou o outro braço a outro cabo. Ouvi girar algo como uma roldana e os cabos estenderam-se, mantendo-os em V. Colocou uma algema no meu tornozelo esquerdo e outra no tornozelo direito e prendeu-os cada um aos respectivos cabos. Girou outra roldana e as minhas pernas ficaram presas e abertas. Sim eu estava deitada em X imóvel e só com uma túnica, que a essa altura não sei se sequer cobriam o meu sexo.

Achei que tinha chegado a minha hora. Ele ia mesmo violar-me. Eu tremia e chorava. Totalmente imobilizada só me restou, mais uma vez implorar:

- Por favor... Não faça isso comigo... Não me faça mal.... O que você quer?

Mais uma vez, o meu sequestrador surpreendeu-me dizendo de forma lacónica:

- Descanse um pouco. Depois eu volto...

Este homem é maluco, pensei comigo... Não deve ser um tarado puro e simples. Afinal um tarado não deixa a sua vítima praticamente nua e sai do quarto. Meu Deus, qual é a dele. Trata-me como se me quisesse violar mas não faz nada? Mas o pior de tudo era não ver. Não poder saber o que se passava à minha volta. Não se ter ideia do que virá depois. Qual é a dele, meu Deus. Ajuda-me... Protege-me deste tarado...

Devo ter adormecido. Provavelmente dormi. Não tenho ideia de quanto tempo. Acordei com o barulho da porta a ser aberta e percebi os passos de alguém a vir na minha direcção. Instintivamente os meus músculos ficaram tensos, enquanto eu comecei novamente a tremer como varas verdes.

Ele desabotoou a minha túnica e baixou-a até à minha cintura. Destravou a algema de uma perna e tirou uma parte. Travou-a novamente e destravou a outra e repetiu a acção, tirando totalmente a túnica. Pensei em tentar chutá-lo, mas estava demasiado apavorada. E os seus movimentos eram rápidos ao ponto de quando eu imaginava uma acção qualquer, já era tarde.

Agora eu estava totalmente nua. Apesar de nada ver, sabia que estava totalmente exposta, com as pernas escancaradas e a minha intimidade totalmente à mostra para o sequestrador e violador. Agora chegara a hora e a lágrimas voltavam a correr pelo meu rosto. Eu sabia que seria uma experiência muito dolorosa, mas estava disposta a suportá-la tentando resistir àquela invasão não autorizada das minhas entranhas e torna-la o menos prazerosa ao meu violador.

 
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