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Mulheres preferem vídeos reais de sexo com famosos Publicado em 2015-09-03 na categoria SexMundi / Reportagens
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Segundo um estudo publicado em finais de 2014, elaborado por dois sites da especialidade, os termos "lésbica" e "sexo a três" foram os mais procurados pelas mulheres que utilizam a internet. As internautas brasileiras e indianas são as que lideram o consumo de pornografia através da internet. Vídeos domésticos de sexo com celebridades foram a pesquisa que mais tem aumentado entre as mulheres - com um crescimento de 1028% -, desde a publicação do último relatório "Wat Womem Want", o qual é elaborado pelo PornHub e pelo RedTube, dois dos maiores sites de conteúdos para adultos, em setembro de 2014. "Lesbian" (lésbica) continua a liderar a lista dos termos mais procurados, seguindo-se o termo "threeesome" (sexo a três) e "squirt" (ejaculação feminina). Kim Kardashian também se tornou na figura mais procurada em ambos os sites, em grande parte graças à ousada sessão fotográfica da socialite norte-americana para a revista Paper Mag e a divulgação na internet de um vídeo caseiro em que surge a fazer sexo com o seu ex-namorado, Ray J. A filha mais mediática do clã Kardashian ganha confortavelmente a Farrah Abraham, antiga estrela de séries como "16 and Pregnant" e "Teen Mom", ambas da MTV, agora convertida em estrela de filmes para adultos, e à veterana Lisa Ann. Logo a seguir, na quarta posição desta lista, surge James Deen, o popular actor e realizador de filmes pornográficos norte-americano. A última actualização do estudo "What Women Want" revela ainda que 24% dos visitantes do PornHub e do RedTube são mulheres (com um aumento de 1% desde setembro de 2014) e que as principais consumidoras de conteúdos para adultos residem no Brasil e nas Filipinas (35%). Segue-se a India e Argentina (30%), Polónia e Suécia (29%), estes últimos, os países europeus com mais visitas naqueles sites. A Alemanha e o Japão surgem no s últimos lugares desta lista, que não inclui Portugal. Ainda segundo este estudo, o porno atrai cada vez mais jovens. O relatório "What Womem Wants" refere que são as jovensentre os 18 e os 24anos que lideram o consumo de pornografia (36%), entre o sexo fominino. Novo paradigma Há poucos anos, um estudo da Universidade de Ohio colocou em números o que na vida parecia evidente: o homem pensa em sexo pelo menos 19 vezes por dia, o dobro que as mulheres. A lógica então seria pensar que os homens passam mais tempo a assistir a pornografia na internet do que as mulheres. No entanto, isso não é o que está a acontecenr no universo do porno on-line segundo este relatório do PornHub, o site com a maior quantidade de vídeos porno da internet, que diz que as mulheres assistem a cada vez mais pornografia e, quando o fazem, ficam um pouco mais de tempo diante do ecrã do computador. Elas destinam uma média de 10 minutos e 10 segundos para assistir a um vídeo porno e eles só chegam aos 9 minutos e 22 segundos. Em setembro, o site PornHub (só em 2014 foram vistos 78,9 triliões de vídeos porno no site) mediu pela primeira vez as preferências das mulheres. O relatório “What women want” (“O que as mulheres querem”) mostrou as argentinas em segundo lugar no ranking mundial de consumo de sexo on-line: 28% dos cliques da Argentina eram de usuários registados como mulheres. Novos números Agora esse dado foi actualizado: as argentinas mantêm a segunda posição (a primeira é compartilhada pelas filipinas e as brasileiras), mas a proporção de mulheres que assistem a pornografia subiu dois degraus e chegou a 30%. No país vizinho as mulheres também destinam um pouquinho mais de tempo que eles: 8 minutos e 13 segundos (quase um minuto a mais do que na medição anterior) contra os 8 minutos e 4 segundos dos homens. A Rússia é o único país onde as mulheres têm sessões quentes mais curtas do que as dos homens. Para as mulheres isso sempre foi uma altíssima barreira de acesso”, diz Gino Cingolani Trucco, pesquisador das novas representações na pornografia (UBA). “Com a internet e o computador ou os celulares ao alcance da mão, o consumo de pornografia acontece de forma muito mais casual, privada e orientada não já ao que existe nas estantes, mas a uma biblioteca de Babel infinita de pornografia para (quase) todos os gostos”. Plataforma Que outros factores mudaram para incluir a mulher na pornografia? A expansão da sexualidade feminina: “Nos últimos cinco anos a evolução das mulheres a respeito do contacto com a sexualidade expandiu-se enormemente. Antigamente, o conflito que chegava ao consultório era sobre questões genitais, como o rendimento do homem ou o orgasmo. Agora elas vêm consultar sobre o desejo, porque as mulheres já não ficam tranquilas em ter uma sexualidade sem desejo, como antigamente”, diz a psicóloga e sexóloga Adriana Arias. “Por isso, agora assistir a pornografia e fazer pornografia caseira é uma indicação médica. Porque é estimulante, porque ensina, porque permite experimentar mais coisas vendo-as. Agora é mais fácil porque a pornografia evoluiu para formatos com os quais as mulheres sentem-se mais à vontade: corpos mais reais, mais relato, mais prévia e menos planos ginecológicos”. Mas isso não significa que agora a pornografia seja soft e romântica: é pornografia, mas o polo de atracção nem sempre é uma mulher/fêmea. “Os filmes com enredo, a genitalidade sugestiva e as fantasias a três já circulam normalmente. Até aparecem actores que fazem as delícias das garotas. Como James Deen, que poderia ser de Hollywood, só que não. Um actor, o preferido delas, que se apresenta cheio de carne e sempre pronto para a acção, mas ostentando ares de galã de marca de cuecas”, diz Hernán Panessi, autor do livro Porno Argento! Historia del Cine Nacional Triple X. “Às vezes, as máximas funcionam: agora, mais do que nunca, a pornografia é para todos e todas”. |
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