A pílula do dia seguinte
Publicado em 2012-08-09 na categoria Sexologia / Educação sexual


Criada na década de 1960 nos Estados Unidos como forma anticonceptiva de emergência, a pílula do dia seguinte, ou pílula da manhã seguinte, é uma combinação de estrogénio e progestágeno, podendo ser ingerida em uma dose única logo após a relação sexual, ou em duas doses, sendo a segunda em até 12 horas após a relação.

A pílula do dia seguinte é assunto polémico e que necessita ser informado, para que todos tenham conhecimento sobre o que é o como funciona.

O que é?

É uma pílula contraceptiva à base de levonorgestrel, chamada método anticoncepcional de emergência, que pode ser encontrada em dose única ou em dois comprimidos. Seu uso deve ser feito em até 72 horas após a relação sexual sem proteção.

Como funciona

Atua de duas maneiras dependendo do ciclo menstrual em que a mulher esteja, caso ainda não tenha ovulado a pílula impede a liberação do óvulo para as trompas e o seu encontro com os espermatozoides, e não gera a fecundação, caso a mulher já tenha ovulado a pílula irá alterar a secreção vaginal agindo no muco cervical e no endométrio tornando o ambiente hostil para os espermatozoides, matando os antes que cheguem as trompas para fertilizar o óvulo. Se já estiver ocorrida a fecundação quando a mulher tomar a pílula, ela não terá eficácia, mas também não forcará um aborto.

A fecundação ocorre quando o espermatozoide se encontra com o óvulo nas trompas e encaminha para o útero gerando assim o processo de nidação, que é a multiplicação das células, nesse momento o óvulo fecundado passa a chamar-se embrião.

Ao ter relação sexual sem proteção, é recomendável que a mulher tome a pílula do dia seguinte imediatamente após o acto, mas ela pode ser ingerida em até 72 horas após a relação. Informações médicas garantem que a pílula não é abortiva, pois o seu objetivo é bloquear o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que não ocorre imediatamente após a ejaculação. Por essa razão recomenda-se o uso imediato após a relação. Ou seja, ela age antes de haver a fecundação. Porém, ainda que haja a fecundação, a pílula provoca descamação do útero, o que impede que o ovo seja implantado.

A polémica que gira em torno desse método é se ele é ou não abortivo, pois interrompe a ação da fecundação após a concepção e não funciona como as pílulas convencionais, que inibem a fecundação antes da concepção. Polémicas à parte, a pílula é legal e está disponível no mercado. É necessária prescrição médica para seu uso, embora possa ser comprada sem receita. Mas há efeitos colaterais.

Efeitos colaterais

Há efeitos colaterais como náuseas, vómitos, dores nos seios e dores de cabeça, além do atraso no ciclo menstrual que dificulta ainda mais a dúvida da gravidez. Os médicos não chegaram a um consenso se há danos no aparelho reprodutor feminino e nem em relação à má formação do feto estar relacionada ao uso repetido da pílula do dia seguinte, mas de qualquer forma não deve ser usado como único método contraceptivo, mas algo esporádico e necessário caso ocorra uma relação desprotegida em período fértil.

As pílulas anticoncepcionais significaram uma verdadeira revolução sexual. Anterior a elas as camisinhas de látex em escala industrial estavam sendo produzidas a apenas 30 anos, mesmo já existindo a camisinha feita de tripa animal, que não foram muito populares.

Mas as pílulas deram às mulheres o domínio sobre o seu corpo, não dependendo mais da vontade masculina para o uso de métodos contraceptivos, e podendo escolher quando querem engravidar, e numa sociedade cada vez mais industrializada e necessitada da mulher a frente dos postos de trabalho o dia inteiro, ficou inviável um afastamento por uma gravidez indesejada.

Há também com esta nova possibilidade, casais que usem a pílula do dia seguinte como forma justificável ao seu “esquecimento” e descuido em não se prevenir da gravidez. E muitas vezes ficam a culpa e responsabilidade do filho somente à mulher.

Por muitos motivos a mulher deve ter uma atenção com o seu corpo e cuidado que os métodos anticoncepcionais permitem, cada qual a seu jeito e para cada mulher uma eficácia diferente, não dependendo apenas da pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez.

O uso da pílula do dia seguinte pode causar um distúrbio no ciclo menstrual, tornando difícil o cálculo do período fértil da mulher. Ela atua na ovulação e causa diferenças no tempo em que isso ocorre. Afora isso, pode provocar enjoos, dores de cabeça, sensibilidade nos seis e vómitos ou diarreia. Quem têm problemas vasculares, hipertensão ou obesidade mórbida não deve usar esse tipo de anticoncepcional, porque a grande quantidade de hormonas que ela lança no organismo pode causar entupimento das artérias.

É possível usar constantemente?

Não é recomendado, pois é um anticoncepcional de emergência e deve ser usado para esse fim. Hoje já é observado certo abuso no uso, principalmente entre mulheres jovens, o que causa preocupação. Existe, ainda, risco de que o aparelho reprodutor da mulher seja prejudicado pelo uso excessivo dessa pílula, em razão do desequilíbrio hormonal em grande proporção que ela causa no organismo.

Importa ressaltar que este método é de emergência e deve sempre ser usado após avaliação médica. A automedicação é perigosa à saúde e pode causar prejuízos irreversíveis à saúde. Os médicos aconselham a nunca substituir o uso da camisinha nas relações sexuais, ou o uso das pílulas anticoncepcionais convencionais, pelo uso da pílula do dia seguinte.

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